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  • Maggi apoia moratória ambiental da carne contra novos desmatamentos

  • Atualizado dia: 30/06/2009 ás 08:28
  • O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, manifestou apoio à decisão do grupo Marfrig em não comprar bovinos com origem em áreas de novos desmatamentos na Amazônia Legal. Em entrevista cedida ao Preserve-MT, ele afirmou que a moratória anunciada vem ao encontro das políticas ambientais defendidas pelo Governo, e garantiu que o Estado não será prejudicado pela decisão da Marfrig. O grupo é detentor de uma das maiores empresas do segmento de carne do mundo.

    “Nós vimos há muito tempo lutando contra o desmatamento ilegal na área da floresta e queremos que as coisas ocorram tudo dentro da absoluta legalidade. Já conseguimos nos últimos anos uma redução na nossa Amazônia de mais de 90% do desmatamento efetivo que vinha ocorrendo. Então, esta atitude do Marfrig é mais uma ferramenta que vem ao encontro dos anseios da comunidade brasileira e mundial”, pontuou o governador.

    Mesmo com a medida, o grupo Marfrig continua a comprar gado de áreas abertas anteriormente, “até porque há esse entendimento, inclusive, junto a organismos não governamentais. Nós não podemos simplesmente parar um Estado, ou parar as atividades econômicas, grande parte delas ordenadas e dentro da legalidade”, defendeu o governador. “É preciso respeitar o pioneirismo, as pessoas que tiveram a oportunidade de vir para esse Estado e vieram dentro de programas de governos no passado”, esclareceu.

    A mesma defesa dos moradores da Amazônia foi feita pessoalmente ao presidente Lula na sexta-feira (19.06) durante a solenidade de lançamento do Terra Legal em Alta Floresta. “Não podemos simplesmente pegar e dizer a essas pessoas: Olha, vocês não têm o direito de ficar aqui! Então o que nós precisamos é ordenar o crescimento econômico, e essa atitude do Marfrig é uma atitude boa, de grande alcance”, ressaltou Maggi.

    Na prática, ilustrou Blairo Maggi, a atitude do frigorífico avisa aos pecuaristas: “Olha, se você for na ilegalidade, se você fizer o desmatamento, eu não vou comprar de você. E é o que foi feito na soja também em 2005. O grupo da soja e as grandes trades nacionais decretaram uma moratória e nós tivemos um acréscimo no desmatamento para a soja de 0,02% nos últimos três anos, então é uma coisa que realmente dá resultado”.

    O Preserve-MT apoia a decisão empresarial em não adquirir produtos oriundos de novos desmatamentos na Amazônia Legal. Ajude a cuidar de Mato Grosso, cadastre-se no site www.preservemt.com.br e receba diariamente as notícias ambientais de nosso Estado.

  • Fonte: SEFAZ/MT
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