O setor atacadista e distribuidor de gêneros alimentícios de Mato Grosso estima crescimento real de 6% a 8% para o ano de 2011. As ações do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT), contribuirão para isso, segundo a Associação Mato-Grossense de Atacadistas e Distribuidores (Amad).
A entidade afirma que há quatro anos o setor amargava uma situação pré-falimentar, sem nenhuma competitividade frente aos atacadistas das outras unidades da federação que com usufruto de benefícios fiscais de seus Estados atuavam com preços bem abaixo das condições e padrões normais das empresas atacadistas e distribuidoras de Mato Grosso. Além dessa situação, a imagem do segmento estava desgastada com os órgãos governamentais.
Diante de tal crise, o setor buscou se organizar por meio da Amad, que, junto ao Governo do Estado, por meio das Secretarias de Fazenda (Sefaz-MT) e de Indústria Comércio, Minas e Energia (Sicme), buscou alternativas que oportunizassem sobrevida dos atacadistas, porém com ações responsáveis que não prejudicassem a arrecadação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) do Estado, com melhoria da eficácia tributária, índice de formalidade e aumento de arrecadação.
Nesse sentido, a Amad buscou apoiar diversas ações da Sefaz-MT as quais visavam coibir a evasão fiscal, sugerindo mudanças, tanto que foram as primeiras empresas do setor atacadista do Brasil a adotarem a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD).
Atualmente, os atacadistas e distribuidores contam com uma opção de recolhimento do ICMS denominada Estimativa Segmentada, a qual visa prevenir os desequilíbrios competitivos. Outros segmentos como usinas de etanol, indústrias de água mineral, frigoríficos e revendedoras de veículos usados também adotaram essa modalidade de recolhimento.
O presidente da Amad, Sérgio José Gomes, enfatiza: “O setor passa por um momento de transformações importantes e está crescendo. O governador Silval Barbosa, por meio da Sefaz, tanto na gestão de Eder Moraes como na atual, de Edmilson dos Santos, tem demonstrado sensibilidade em relação à importância do setor. Queremos que esse crescimento possa contribuir, resultando em divisas em prol do desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso”.
Em Mato Grosso, o setor gera hoje aproximadamente 6.200 empregos diretos e mais de 22.900 empregos indiretos, sendo responsável pelo abastecimento de 67% do canal varejista alimentar, fomenta a economia indireta como os veículos dos representantes comerciais, motos dos promotores e repositores de vendas, frota de caminhões de entrega etc.
(Com informações da assessoria da Amad)