Ambas as taxas foram em relação a abril de 2008, na série com ajuste sazonal. Em relação a maio de 2007, o volume de vendas do varejo cresceu 10,5% acumulando 10,9% no ano e 10,3% nos últimos 12 meses, enquanto a receita nominal de vendas cresceu 16,6%, acumulando 15,9% e de 14,3%, respectivamente.
Em maio de 2008, o Comércio Varejista do País manteve positivas suas taxas de volume de vendas (0,6%) e de receita nominal (1,3%) em relação ao mês anterior (ajustadas sazonalmente). Esses resultados expressam uma pequena aceleração no ritmo de vendas em relação a abril. Nas séries originais (sem ajuste), em relação a maio de 2007, o volume de vendas do varejo nacional cresceu 10,5%, acumulando 10,9% no ano e 10,3% nos 12 meses, enquanto a receita nominal cresceu 16,6%, acumulando 15,9% e de 14,3%, respectivamente.
RESULTADOS SETORIAIS
Na série com ajuste sazonal, cresceu o volume de vendas de sete dez atividades observadas, enquanto duas tiveram queda e uma ficou estável: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,1%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,1%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%); Combustíveis e lubrificantes (0,8%); Material de construção (0,7%); Móveis e eletrodomésticos (0,4%); Veículos e motos, partes e peças (0,0%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%) (Tabela 1).
Já na relação maio08/maio07 (série sem ajuste), houve alta no volume de vendas de todas as atividades do varejo: 8,4% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 16,1% para Móveis e eletrodomésticos; 12,9% Combustíveis e lubrificantes; 10,6% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 12,9% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 29,9% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; 3,6% em Tecidos, vestuário e calçados e 9,9% em Livros, jornais, revistas e papelaria.
O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo,com variação de 8,4% no volume de vendas em maio, sobre igual mês do ano anterior, volta a ser o responsável pela maior contribuição à taxa global do varejo, respondendo por 39% dela (Tabela 3). Os acumulados no ano e nos últimos 12 meses da atividade cresceram 6,8% e 6,5%, respectivamente. Com resultado de maio, o segmento retorna ao patamar de desempenho registrado nos três primeiros meses do ano.
A atividade de Móveis e eletrodomésticos (16,1% no volume de vendas em relação a maio do ano passado) proporcionou o segundo principal impacto na formação da taxa de desempenho do Comércio Varejista (25%). O acumulado do ano foi 18,9% e nos últimos 12 meses, de 16,5%. Esses resultados, positivos e superiores à média do varejo, continuam sendo explicados pela expansão do crédito; redução dos preços dos eletroeletrônicos e melhoria da massa de salários da população ocupada.
A terceira maior contribuição para o varejo, em maio, coube ao segmento de Combustíveis e lubrificantes, com 12,9% de variação do volume de vendas em relação a maio de 2007 e respondendo por 12% da taxa global do varejo. O acumulado no ano chegou aos 7,4%, e nos últimos 12 meses, a 5,9%. Atribui-se isso à estabilidade de preços dos combustíveis, conjugada com a melhoria das condições econômicas do País.
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos etc., exerceu o quarto maior impacto na taxa do varejo, com variação de 10,6% no volume de vendas em relação a maio de 2007. Esse resultado, mesmo significativo, está pelo segundo mês consecutivo bem abaixo dos resultados do primeiro trimestre do ano, mas já sem influencias do efeito-base, como ocorreu no mês anterior. O acumulado no ano foi 20,4% e nos últimos 12 meses, de 21,5%.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com a quinta maior participação na taxa global do varejo, apresentou crescimento de 12,9% na comparação com maio do passado, e taxas acumuladas de 13,5% no ano e de 11,9% para os últimos 12 meses. As condições da economia no geral, a expansão da massa de salários e crédito especificamente, somadas à ampliação das vendas dos produtos genéricos, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.
No segmento de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, sexto maior impacto na taxa global, o volume de vendas, em maio, cresceu 29,9% sobre igual mês do ano anterior, acumulando no ano 28,8% e nos últimos 12 meses 31,9%. Essa atividade teve o maior patamar de crescimento no mês. Ajudaram este desempenho a redução de preços dos produtos do gênero, as facilidades de financiamento e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação nos hábitos de consumo das famílias.
O segmento de Tecidos, vestuário e calçados (3,6% com relação a igual mês do ano anterior) foi responsável pela sétima maior contribuição à taxa global do varejo. Apesar da influência do Dia das Mães sobre as vendas desta atividade, o seu resultado ficou aquém da média do varejo e muito abaixo do resultado de abril (19,7%), o que sugere uma antecipação das vendas relacionadas a essa data. A atividade acumulou no ano e nos últimos 12 meses variações de 11,9% e 11,8%, respectivamente.
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria (9,9%) exerceu mais uma veza menor influência no resultado do varejo. A taxa acumulada no ano foi 11,1% e para os últimos 12 meses de 9,7%.
O volume de vendas do Comércio Varejista ampliado cresceu 0,8% em relação ao mês anterior e sua receita nominal subiu 0,6%, na série com ajuste sazonal. Em relação a maio do ano anterior (sem ajuste sazonal), o volume de vendas cresceu 11,3% e a receita nominal, 16,5%. No acumulado do ano e dos 12 meses, as taxas foram 14,3% e 14,1% para o volume e de 18,7% e 17,6% para a receita nominal de vendas, respectivamente.
O volume de vendas da atividade Veículos, motos, partes e peças cresceu 14,0% em relação a maio de 2007, acumulando no ano e nos últimos doze meses variações de 21,4% e 22,6%, respectivamente. Com isso, a atividade continua a apresentar a principal contribuição para a taxa global do varejo ampliado (40%). A redução das taxas de juros, a ampliação dos prazos de financiamento e as expectativas positivas quanto ao emprego são os principais fatores para a expansão das vendas do ramo.
Quanto a Material de construção, as variações foram de 6,3% na relação maio08/maio07 e de 11,5% no acumulado do ano, e de 11,6% nos últimos 12 meses. Tal desempenho resulta do quadro favorável da economia, especialmente no que se refere a crédito, salários e aos incentivos oficiais à construção civil.
RESULTADOS REGIONAIS
Das 27 Unidades da Federação, apenas três tiveram quedas na em relação a maio de 2007: Sergipe (-0,7%); Pará (-1,1%) e Amazonas (-1,4%). Os destaques em volume de vendas foram Goiás (15,8%); Rio Grande do Norte (15,5%); São Paulo (14,8%); Mato Grosso (13,8%); Espírito Santo (12,8%) e Mato Grosso do Sul (12,3%) (Gráfico 3). As maiores participações na taxa do Comércio Varejista vieram de São Paulo (14,8%); Rio de Janeiro (6,7%); Minas Gerais (9,1%); Rio Grande do Sul (9,1%) e Bahia (9,0%).
No varejo ampliado, as maiores taxas em volume de vendas foram no Espírito Santo (25,6%); Acre (19,9%); Goiás (19,3%); Mato Grosso (15,0%) e Rondônia (14,5%). Os maiores impactos no resultado global vieram de São Paulo (13,5%); RS (11,1%); Minas Gerais (8,9%); Rio de Janeiro (7,0%) e Paraná (10,5%).
Ainda por UFs, nos resultados com ajuste sazonal há quatro quedas no volume de vendas em relação ao mês anterior: Amapá (-1,9%); Sergipe (-0,8%); Paraná (-0,5%) e Tocantins (-0,2%). As maiores altas foram em Roraima (12,2%); Paraíba (2,9%); Goiás (2,4%); Rio Grande do Norte (2,3%) e Alagoas (2,3%).
Fonte: Comunicação Social IBGE