Em 2004, o Sebrae realizou uma ampla pesquisa sobre a mortalidade das pequenas e médias empresas brasileiras. Resultado: quase 50% não chega aos dois anos de vida. De lá para cá pouca coisa mudou, embora o levantamento não tenha sido repetido, é mais do que perceptível que os empreendedores, embora tenham boas idéias, pecam na hora do planejamento.
Uma outra pesquisa realizada pela RCS Brasil no início do ano demonstra que 25% das empresas de pequeno e médio porte apontam como maior problema para sobreviver a falta de capital de giro. Nesta hora de planejamento e projeções para 2009 é que os empresários precisam buscar novas ferramentas de gestão, como o business plan.
“Muitos empreendedores, especialmente os pequenos, morrem de medo ao ouvir falar em balanço, capital de giro etc”, diz o presidente da RCS Brasil, Raul Corrêa da Silva. No entanto, ele explica que resolver este problema pode ser mais simples do que parece. “Entender este balaio de números se resume a avaliar apenas três indicadores. Se o empresário souber os números do fluxo de caixa, da margem de contribuição e do demonstrativo de resultados, tem a empresa na mão”, acredita.
Um trabalho de auditoria integral, que pode ser chamado de auditoria de desempenho, e da elaboração de um bom plano de negócios ou business plan pode aliviar estes problemas. "Com um plano bem delineado, a empresa diminui significativamente seus riscos, por conhecê-los de antemão e possuir soluções previamente pensadas", explica.
Ainda segundo ele, em muitos casos o empreendedor é um bom técnico da área em que vai atuar, mas entende muito pouco de gestão, estrutura societária, levantamento de capital e planejamento estratégico, questões fundamentais no processo administrativo.
“O business plan oferece ao empresário todas essas informações. Na expansão dos negócios, o plano identifica investidores em potencial que, quando contatados, têm mais chance de se interessar em fechar negócio por já possuírem uma radiografia da companhia nas mãos”, ressalta Corrêa.
O planejamento também é muito útil no lançamento de um novo produto, analisando se ele é viável economicamente. Neste caso é estudado o apelo mercadológico, custo de todas as etapas de produção, necessidade de validação de órgãos certificadores (como Inmetro, por exemplo), público-alvo, estrutura necessária e projeções.
Autor: Site do Empreendedor